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  • Por Diário do Comércio
  • Em 7 de julho de 2018 às 00:00

“… engrossam com muita sustança nosso caldo cultural”. (Danilo Ribeiro Gallucci, jornalista)
Repetindo. Parar logo com isso. Botar fim, rápido e rasteiro, em toda essa espaventosa macaquice. O tal de “halloween” – originário de ritos célticos nascidos nas lonjuras da antiga Gália, levado por imigrantes irlandeses para os Estados Unidos –, hoje incorporado às tradições mitológicas daquele país, não passa para nós de um produto de importação perfeitamente descartável. Não tem nada a ver com a genuína cultura brasileira. Abundam aqui pros nossos lados, fazendo por merecer atenções especiais de todos, lendas disparadamente mais atraentes e coloridas. Personagens fantásticos, pertencentes ao nosso universo folclórico, com mais do que suficientes condições pra colocar qualquer bruxinha alienígena no chinelo, ou, se preferirmos, na sandália. É o que, aliás, asseverou, algum tempo atrás, o jornalista Danilo Ribeiro Gallucci, no “Almanaque de Cultura Popular”, acrescentando que todos eles “engrossam com muita sustança nosso caldo cultural”. Danilo faz parte de um time que se inspira no ideário de Câmara Cascudo, onde se defende, ardorosamente, a troca da comemoração do “dia das bruxas” – que vem ganhando espaço, de forma inconvenientemente desenvolta, no mês de outubro, sobretudo em redutos escolares – por uma celebração rigorosamente afinada com o espírito brasileiro. Sincronizada com o imaginário das ruas, o imaginário das matas e várzeas deste fascinante país-continente. Algo que esteja verdadeiramente comprometido com a cultura pátria. O “dia do saci-pererê”, dos desejos de muita gente, pessoas inspiradas na força lendária desse ente saltitante de uma perna só, de barrete vermelho e cachimbo, imortalizado nas apaixonantes narrativas, para crianças de todas as idades, do nunca assaz reverenciado Monteiro Lobato, poderia perfeitamente se contrapor, como alternativa autenticamente nacional, a essa comemoração estrangeira de grafia desarmoniosa, complicada tanto pra escrever, como pra falar. Já existem até bem-intencionadas tentativas, aqui e ali, de se introduzir no calendário tal modificação, recomendável e necessária do ponto de vista da preservação da verdadeira cultura do povo. Fala-se de “saci-pererê”, mas ninguém, em sã consciência, garante seja ele apenas, dos muitos entes que povoam nosso pujante folclore, o mais representativo, o mais conhecido, o mais citado, o que melhor simbolize a ilimitada criatividade dos brasileiros para conceber figuras bizarras que sirvam para identificar-nos como grupo social e que projetem nosso jeito peculiar de expor coletivamente nossos medos e ansiedades. A imensa legião dessas criaturas é bem mais interessante que as bruxas célticas, com sotaque americano, do “halloween”. É composta, além do saci, ou martim-pererê, possuindo características regionais bem pronunciadas, consideradas as dimensões do país, pela “mula-sem-cabeça”, pelo “mboitatá”, pelo “velho do saco”, pelo “lobisomem”, pela “mulher de branco”, pelo “neguinho do pastoreio”, pela “cobra morato”, pelo “cabeça de cuia”, vai por aí. Uns e outros, expressões de rico patrimônio mitológico, construído com base nas crendices e sabedoria popular, que precisa merece ser preservado. Assim postas as coisas, ressaltemos a inoportunidade e absoluta falta de propósito das iniciativas, adotadas em numerosos centros educacionais brasileiros, no sentido de se estimular, quando não de patrocinar, comemorações ligadas a tradições mitológicas sem raízes em nosso meio. Causa pasmo mesmo, quando não revolta, o disparate. Muitas das unidades educacionais, que, entre nós, se lançam, com entusiasmo e esmero, nessas descabidas celebrações, pouca ou nenhuma atenção, como é sabido e notório, costumam dispensar à celebração, da “semana da pátria”, do “dia da Inconfidência”, por aí. Para com isso, por favor. A cultura e o civismo, penhorados, agradecem. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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