São Paulo – O principal índice da bolsa paulista teve queda na sexta-feira (31), mas fechou maio no azul pela primeira vez em nove anos, com os agentes otimistas quanto à aprovação da reforma da Previdência, fator que compensou o cenário global mais adverso.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,44%, a 97.030,23 pontos, na sexta-feira. Em maio, o indicador teve alta de 0,7%, elevando o ganho de 2019 para 10,4%. O giro financeiro do dia somou R$ 16,32 bilhões.
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Os mercados no exterior encerraram em queda em meio a preocupações sobre a saúde da economia global, após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar na véspera a imposição de tarifa de 5% sobre as importações do México. A medida tem como objetivo forçar uma redução no número de imigrantes ilegais, que entram nos EUA via fronteira com o México.
“Tem muita incerteza envolvendo essa medida (de imposição de tarifas) dos EUA e é inevitável que isso respingue aqui, mas os investidores estão mais de olho no cenário doméstico”, afirmou o estrategista-chefe, Rafael Bevilacqua, da consultoria Levante, acrescentando que a visão de que as pautas econômicas estão andando, especialmente a da Previdência, anima o mercado.
O acordo firmado no início da semana entre o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes das Casas do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) em torno de projetos considerados importantes pelo governo para retomada do crescimento sustentou o ânimo dos investidores nas últimas sessões.
Destaques – BRF recuou 4,52%, enquanto Marfrig avançou 0,74%, após as empresas anunciarem na noite da véspera o início de discussões para uma possível fusão, abrindo caminho para formar um dos maiores grupos de carne do mundo.
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Petrobras PN caiu 2,29% e Petrobras ON recuou 2,15%, na esteira da forte queda nos preços do petróleo no exterior. (Reuters)