São Paulo – A volta à normalidade do fluxo de caminhões em junho, após a greve dos caminhoneiros nos últimos dez dias de maio, gerou uma distorção expressiva na estatística dos movimentos de veículospelas estradas do País. Confrontada com a base de comparação prejudicada de maio, a circulação de veículos pesados em junho cresceu 47%, descontados os efeitos sazonais, segundo o Índice ABCR, calculado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada. O fluxo total de veículos subiu 13,6% na mesma base de comparação e o dos leves expandiu 3,4%. “A pesquisa de junho deve ser lida com cuidado por se tratar do primeiro levantamento após os efeitos diretos da greve dos caminhoneiros, reportados no índice ABCR de maio”, explica o analista da Tendências Consultoria, Thiago Xavier. De acordo com ele, a natureza da cautela se refere aos múltiplos fatores que afetam o desempenho do fl uxo de veículos após o impacto da greve, como a Copa do Mundo, o aumento do preço da gasolina e redução do diesel, além da política de tabelamento do frete do transporte rodoviário. Quanto ao índice dos pesados, explica Xavier, é perceptível que, tanto em nível nacional, como nos Estados nos quais o índice traz detalhamento, a expansão de junho é maior que a contração observada no último mês, na série dessazonalizada, a ponto de trazer o fluxo de pesados a níveis semelhantes aos observados em 2013, ano no qual a situação macroeconômica era favorável. Na visão da Tendências Consultoria, o movimento no mês – o maior da série histórica dessazonalizada iniciada em janeiro de 1999 – parece estar mais relacionado à intensificação dos transportes de carga para reduzir os danos dos dias paralisados em maio. Assim sendo, o expressivo desempenho de junho contou, além da desobstrução das vias, com o suprimento de parte da demanda represada no fim de maio que só pôde ser realizada em junho, com destaque para o setor alimentício e veículos, por exemplo. Em relação ao fluxo de veículos leves, dois resultados chamam a atenção. “Ao contrário do fluxo dos pesados, o índice de leves registrou perdas em junho na comparação com o mesmo mês de 2017, pouco menores que as observadas em maio com os efeitos da greve. Já na série dessazonalizada, o crescimento foi modesto e inferior à forte queda do mês anterior”, finaliza Thiago. Estradas pedagiadas – Na leitura interanual, a circulação total geral de veículos pelas estradas pedagiadas caiu 3,3% em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado. O movimento os leves retraiu 7,5% e o dos pesados cresceu 9,2%. No acumulado do ano atéjunho, o fluxo total caiu 1,4% em relação a igual período do ano passado, o de leves diminuiu 1,9% e o movimento dos pesados mostra um ligeiro crescimento de 0,4% no primeiro semestre, ante os primeiros seis meses de 2017. As passagens totais de veículos pelas praças de pedágios nos últimos 12 meses até junho cresceram 1,1% sobre as passagens computadas ao longo dos 12 meses encerrados em junho do ano passado. O fluxo dos veículos leves cresceu 0,6% no acumulado de 12 meses até junho e o dos pesados, aumentou 2,4%. (AE)
COTAÇÃO DE 14/07/2022
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