Brasília – O governo reduziu a folga fiscal para o cumprimento da meta fiscal deste ano a apenas R$ 1,845 bilhão, sobre R$ 6,198 bilhões antes, segundo relatório bimestral de receitas e despesas, no qual diminuiu também a sua previsão para o crescimento econômico a apenas 1,6% este ano. Antes, a expansão esperada para o Produto Interno Bruto (PIB) era de 2,5%, sendo que o governo iniciou o ano prevendo alta de 3% na atividade, que, no entanto, acabou sendo abalada pela greve dos caminhoneiros ocorrida no final de maio e que paralisou o País. Para o ano que vem, a previsão é de crescimento de 2,5% do PIB, abaixo dos 3,3% previstos antes. “A menor folga fiscal veio por conta da greve dos caminhoneiros”, explicou a jornalistas, na sexta-feira (20), o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, lembrando que, sem os benefícios adotados pelo governo para atender às reivindicações da categoria, a folga ficaria em R$ 8 bilhões. A meta de déficit fiscal deste ano é de R$ 159 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) e, mesmo com a economia mais fraca, o governo tem reiterado que ela será cumprida. Segundo o relatório, o governo elevou em R$ 11,625 bilhões a estimativa de receita primária total em 2018, devido aos maiores ganhos com royalties de petróleo, com o recente avanço nos preços da commodity no mercado externo e a valorização do dólar frente ao real. O governo também elevou em R$ 7,546 bilhões a projeção de despesa primária total em 2018. Perda de fôlego – O Banco Central já havia divulgado que a economia brasileira encolheu em maio da maneira mais intensa já vista, com retração de 3,34% em relação a abril, sob efeito da greve dos caminhoneiros, que prejudicou diretamente a atividade e abalou ainda mais a confiança de empresariado e consumidores. A perda de fôlego também se dá em meio a um nível de ociosidade ainda alto na economia, com 13,235 milhões de desempregados no Brasil. A nova projeção do governo para o PIB passa a ficar em linha com a do mercado, que vê alta de 1,5% este ano, conforme boletim Focus mais recente, feito pelo Banco Central junto a uma centena de economistas. Ainda segundo o documento, dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, a previsão para a inflação medida pelo IPCA subiu a 4,2%. Regra de ouro – A secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, disse, na sexta-feira, que as medidas que o Tesouro Nacional tem adotado irão assegurar o cumprimento da regra de ouro em 2018. “Dos R$ 230 bilhões iniciais de insuficiência para a regra de ouro em 2018, o cenário atual aponta que resta uma insuficiência de R$ 98,4 bilhões”, afirmou. “Mas as medidas em curso asseguram o cumprimento da regra de ouro com uma folga de R$ 5 bilhões”, completou. Ela citou a devolução de R$ 70 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o uso de R$ 13,9 bilhões referentes a concessões e R$ 19,5 bilhões em outras rubricas. “O cumprimento da regra de ouro em 2018 virá sem o uso do resultado do Banco Central. O que vier de resultado do BC ajudará a cumprir a regra de ouro no próximo ano”, explicou. “Temos notícias que nos dão condições de assegurar comodidade grande para cumprir metas”, concluiu. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, acrescentou que a superação da questão da regra de ouro dá tranquilidade para o governo executar o orçamento deste ano. “Estamos com a situação fiscal endereçada neste exercício”, afirmou.
COTAÇÃO DE 14/07/2022
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