Desde o início das operações da primeira empresa, há 150 anos, aos dias atuais, houve muita adaptação tecnológica, mudanças de mercados e, principalmente, crescimento. Hoje, são quatro plantas industriais – uma em Caetanópolis, uma em Sete Lagoas e duas em Pirapora, além de um centro de distribuição em Contagem e um escritório em Belo Horizonte. Toda essa estrutura emprega cerca de 3.500 funcionários e atende a mais de 3.500 clientes por mês. O atendimento é voltado ao mercado interno e às exportações. São produzidos, anualmente, 80 milhões de metros lineares de tecidos, o que daria para dar duas voltas no planeta Terra. Mas a capacidade da indústria têxtil é para 120 milhões de metros.
Na opinião do CEO da Cedro, Marco Antônio Branquinho, quatro características foram fundamentais para a trajetória de sucesso. “A primeira delas é adaptabilidade, que traz junto a inovação. A Cedro passou por todas as grandes transformações sociais, econômicas e políticas que o mundo moderno vivenciou. A capacidade de entender novas tecnologias, novos produtos, novos mercados e de se adaptar. As primeiras máquinas eram movidas por força hidráulica. Dez, quinze anos depois começa a tecnologia do vapor e só depois a gente vai estar falando em eletricidade. Houve transformação relacionada à mão de obra. Precisou pensar em trabalho assalariado, trouxe os primeiros conceitos de prêmio de produção, poupança para empregados, o que seria hoje a previdência privada. Isso é adaptabilidade, capacidade de enxergar as transformações que estão à sua volta”.
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O segundo ponto, conforme Branquinho, é a relevância. “Uma empresa, para se perpetuar, tem que gerar impacto positivo sobre os acionistas, na comunidade onde está presente e na cadeia produtiva, promovendo fornecedores e ajudando na melhoria dos negócios dos clientes. Entender a realidade do cliente”, observou.
O terceiro ponto é a resiliência. A companhia passou por duas Guerras Mundiais, o crash de 1929, crise de petróleo, muitas mudanças na política do País que afetaram a economia, gripe espanhola (1918) e, por último, a pandemia de Covid-19, que ainda afeta a produção, pois o fornecimento de suprimentos e insumos que vêm do exterior ainda não foi normalizado. “Passar por isso tudo mostrou que não basta ser apenas resiliente. É uma oportunidade de aprender algo mais, tirar lições e voltar mais forte, mais sábio e mais estruturado. Ir um pouco além da resiliência”, frisou Branquinho, que assumiu a presidência da Cedro em 2014.
E o quarto e último ponto, na avaliação do CEO, são os relacionamentos da companhia com funcionários, clientes e comunidades. “Tratar todos com acolhimento, mas de forma objetiva e franca. Enfrentar os obstáculos dessa forma. Problemas, toda companhia vai ter. Ser honesto e franco com os clientes, evitar surpresas. No mundo empresarial, surpresas não são bem-vindas. Se antecipar a problemas e ser franco com clientes, construindo uma relação de confiança mútua”.

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